No universo do samba e das escolas de samba, a credibilidade é algo construído ao longo de muitos anos, mas pode ser perdida em um instante. Uma escola de samba que não cumpre com as regras estabelecidas durante as disputas de samba-enredo compromete sua reputação e afeta diretamente a confiança dos compositores e da comunidade.
Quando uma escola falha em cumprir o regulamento, ela não apenas perde pontos naquele momento, mas também mina a confiança que os compositores depositam na instituição. Se os compositores sentirem que a disputa não é justa ou transparente, podem decidir não participar nos anos seguintes. Afinal, ninguém quer investir tempo e esforço em uma competição onde as regras não são seguidas à risca.
A decisão de uma escola em seguir o regulamento é, portanto, fundamental para manter a credibilidade da competição e a integridade do processo. Ao agir de forma correta e transparente, a escola assegura que todos os participantes sintam que estão em uma disputa justa e honesta.
No entanto, vale destacar que, embora o regulamento restrinja a presença de torcidas organizadas remuneradas, não há proibição quanto à manifestação espontânea do público. As pessoas têm o direito de vibrar e torcer por suas obras favoritas, expressando suas emoções e apoiando os sambas que mais tocam seus corações. A restrição, então, recai sobre a prática de contratar torcidas organizadas, que pode desvirtuar o espírito da competição.
Em resumo, o cumprimento rigoroso das regras por parte das escolas de samba é essencial para manter a credibilidade das disputas de samba-enredo e garantir que todos os compositores tenham uma chance justa de verem suas obras brilharem na avenida. A transparência e a justiça são os pilares que sustentam o sucesso e a longevidade dessas competições tão importantes para o Carnaval carioca.
Por: Lia Amorelli