“O meu marido é o delegado que prendeu o seu”
Quem lida diariamente com o público sabe que ‘nem tudo são flores’ e tem muitas histórias para contar, tanto de situações cômicas como estressantes e desagradáveis. Uma empresária do ramo da beleza teve que ter muito jogo de cintura para enfrentar uma situação inusitada.
Fernanda Freire que é proprietária do JK Hair um dos salões de beleza mais requisitados de São Paulo, contou ao Canal da jornalista Lisa Gomes que quase desmaiou de desespero com duas clientes que estavam no lavatório conversando como duas grandes amigas e a verdade veio à tona, “Elas começaram a conversar e veio o assunto sobre a profissão dos maridos. Uma falou que o marido era dono de ‘X’ lugar e a outra virou e falou, ‘O meu marido é o delegado que prendeu o seu’. Eu estava no lavatório e desmaiei né? Agora como eu saio dessa? Eu me fingia de morta! Depois entraram os dois para buscar as esposas e os dois foram educados e fingiram que nem se conheciam”, revela.
Fernanda Freire montou seu primeiro salão de beleza aos 19 anos de idade e desde essa época tem que lidar com situações difíceis, como no caso de clientes homofóbicos e transfóbicos. A empresária tem um quadro de 30 funcionários, 70% LGBTQIA+ e uma cartela de 15 mil clientes. Nesse mês do orgulho a empresária fez um dia especial dedicado aos LGBT’S.
Ainda na entrevista, Freire revela que já teve clientes que foram embora porque não queriam ser atendidos por uma funcionária transexual, “Emprego uma trans que tá comigo há 9 anos, a Betina. Já teve cliente que quando ela chegou, simplesmente levantou e foi embora. Hoje em dia ela consegue lidar muito bem com isso, mas a pessoa fica magoada. Não comparando as coisas, mas quando eu vim para São Paulo sofri muito preconceito, por ser Nordestina, não saber falar direito, não ter estudo, sei bem o que é isso”, diz.
A empresária prioriza a liberdade e o respeito em seu salão de beleza e faz questão que clientes preconceituosos passem bem longe de seus empreendimentos.
Assista a entrevista completa: