Z42 Arte inaugura duas exposições que têm a fotografia como base

Com curadoria de Fernanda Lopes, “Nascer de Terras”, de Amanda Coimbra, e “Esqueça de mim”, de Marcelo Albagli, ocuparão todo o espaço expositivo do centro cultural com obras inéditas

Z42 Arte, Cosme Velho, Rio de Janeiro

Abertura: 19 de novembro de 2022, às 16h

Exposição: até 17 de dezembro de 2022

Curadoria: Fernanda Lopes

Entrada franca

No dia 19 de novembro, a Z42 Arte inaugura as exposições “Nascer de Terras”, da artista brasiliense radicada no Rio de Janeiro, Amanda Coimbra, e “Esqueça de mim”, do artista carioca Marcelo Albagli. Com curadoria de Fernanda Lopes, as mostras ocuparão todo o espaço expositivo do casarão no Cosme Velho com obras inéditas, que partem de fotografias de momentos históricos e de personalidades importantes da história para criar, através do desenho, poéticas distintas. A exposição tem o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através do Edital Retomada Cultural RJ2. 

“Independentes entre si, as exposições de Amanda e Marcelo revelam a pesquisa recente e inédita de dois jovens artistas que vivem e trabalham no Rio de Janeiro, e, vistas em conjunto, permitem a reflexão sobre questões atuais como o estatuto da imagem, a prática do desenho na arte contemporânea e a construção/invenção da memória”, diz a curadora Fernanda Lopes.

NASCER DE TERRAS

Amanda Coimbra parte da icônica fotografia “Earthrise” (1968), do astronauta William Anders, que mostra o planeta Terra visto da Lua, para criar as cerca de 20 obras da exposição “Nascer de Terras”. Considerada como uma das 100 fotografias que mudaram o mundo, a imagem serviu de base para a artista começar a fotografar o céu noturno de forma analógica. Com os negativos em mãos, ela começou a arranhá-los, com agulhas, pontas de compasso e outros objetos pontiagudos, fazendo desenhos, criando novos planetas, desenhando estrelas, luas e repensando o nosso lugar no mundo.

“Na superfície nítida e perfeita do negativo, crio marcas permanentes, quase como se fosse uma tatuagem, transformando-a em uma imagem meio ambígua, híbrida, pois ainda há a informação original daquela imagem fotográfica, mas com um desenho por cima, que se torna parte daquilo”, explica Amanda Coimbra.

Com isso, a artista mescla a realidade da fotografia com os seus desenhos, criando imagens híbridas de ficção e realidade, misturando dois suportes distintos – fotografia e desenho – em uma mesma obra. “Ao borrar a fronteira entre ficção e realidade, ciência e imaginação, Nascer de Terras reafirma que não existem imagens inocentes. É preciso estar atento e em posição de duvidar. É preciso olhar, olhar de novo, e olhar mais uma vez. O que estamos realmente vendo?”, ressalta a curadora Fernanda Lopes.

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